Na dureza da vida
Qual imita o chão
Vou levando a minha
Tão breve quanto o pão
Gélidas, solitárias
Nas noites frias
As pessoas que passam
Pensam apenas nos seus dias
Você finge não me ver
Pois não sabe como tantos
Bem ao certo o que me dizer
Vou levando assim
O que resta de mim
Para longe de seu olhar
A tristeza do meu cantar
E os que me fazem companhia
Mal sabem que comer
Já não compete ao nosso ser.
(...em homenagem ao seu Natalino, mendigo da minha rua, que não quer ajuda mas sim um pedaço de pão e um copo de café...)
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