Sei lá quantos anos se passaram desde a última publicação, isso tão pouco importa quando penso na ínfima existência do ser humano na criação do todo, do universo (estou ouvindo mantras e isso me enviesou a filosofar dessa maneira, parei, prometo).
O que queria registrar aqui, para mim e exclusivamente á mim,(pois sei que ninguém mais lê blogs) é que NOSSA, como nossa vida deu uma reviravolta heim?!?!?!
Incertezas profissionais, depressão, enfim um relacionamento estável com alguém mentalmente saudável, pandemia, faz terapia e não gosta, ansiedade ao nível extremo pela frustação profissional, dismorfia corporal, transição de carreira, dois doguinhos, descobre a corrida de rua e se apaixona por isso, faz terapia com outra Psi e se apaixona por isso também, se entende com seu passado, abraça sua criança interior e acolhe todas as suas dores, se entende finalmente com sua mãe, estágio aos 35 anos, medos e incertezas, confiança por encontrar pessoas boas, descobre um potencial que não conhecia... olha, tenho mais coisas que me orgulhar do que ficar triste, então, estamos positivas nessa conta corrente da vida heim?! Parabéns, nunca deixei de duvidar hahaha, brincadeiras a parte, nunca sabemos do que somos capazes e o nível que nossa força pode chegar (e voltei a lutar também).
Sei que minhas lutas são minhas e sei que muitas outras pessoas tem suas lutas (muitas vezes mais difíceis que as minhas) mas aprendi na terapia que não devo me diminuir por "considerar" as minhas dores menores e menos relevantes que as dos outros, não sou os outros e não devo comparar, isso é uma coisa que não há como criar comparações. Aprendi isso e me sinto livre por entender que minhas lutas são sim importantes e relevantes pois eu que as enfrento e ninguém mais.
Esse "trem" de terapia, foi a melhor coisa que fiz por mim, entender os seus próprios sentimentos melhora demais as relações com os outros "humaninhos", e quando esses outros "humaninhos" também fazem terapia, ai é cósmico!
Pensando bem, toda minha trajetória até aqui, cada escolha que fiz, cada pessoa que conheci, podem ter feito ou não diferença em quem eu sou hoje, mas acredito que na verdade, o que eu decido fazer com esse passado, hoje, diz mais sobre o meu atual eu, do que as escolhas feitas no passado. Não vou colocar essa responsabilidade no meu passado, é um peso muito grande para uma "Michele" que tinha pouca consciência emocional sobre si mesma, isso é o tal de "re-significar as coisas" que a Psi fala tanto, não sei se ficou claro, mas se vira ai para entender.
Era isso, não vou me prolongar muito pois estou com uma matéria da faculdade atrasada e vim aqui procrastinar um pouco, pois descobri que tenho pouco disso (de procrastinar) e preciso equilibrar um pouco esse meu aspecto, então me permito procrastinar um pouco.
Parabéns.
(Mas e esse título? O que tem haver com isso tudo? NADA, nem tudo precisa ter um significado claro, a vida não é assim. Aceita!)
