terça-feira, 26 de outubro de 2010

No jardim das Hespérides...

Fio de Ariadne




...o que será que a água sente quando esta em chuva a cair?

E a brisa deve se sentir livre em noite de vendaval?

...as folhas da copa entristecem-se quando o outono se finda

arrancando-lhes de seus berços?

...e a semente que se tranforma,

deve sentir um medo pelo que "estupor vir"?

Desconhecido e imprevisível destino,

no estômago de um pássaro ou

no véu qual a terra apruma sua armadilha

para a pobre semente...

E o rio, que nem sabe se vira lago ou mar...

Triste fim das águas agitadas

que percorrem involuntárias, seguindo o caminho

sem pestanejar, discutir ou questionar

tornando prólogo sem livro,

bilhete suicida sem suicídio?

e as flores que anunciam o fim do ciclo, sabem de sua relevância?

Mas em fios de ariadne a vida busca deduzir-se

sem deixar, de em sí ser, o que destina-se a ser.
 
 
Cláusula II: A ignorância de fato protege o coração. 
 
Michele Sato 25/10/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário